quinta-feira, 3 de julho de 2008

Olhar vulgar

Olhos vulgares que não riem,
temem os dias,
anseiam os momentos,
e estremecem com o passar do tempo.
Olhos vulgares que escondem os sorrisos,
demonstram a saudade,
reflectem as mágoas
e encobrem as derrotas.
Olhos vulgares que tapam os risos
com uma manta de incerteza,
com a suavidade de um olhar preso
na certeza de uma vida.
Olhos vulgares aqueles que hoje tenho,
que não riem, que não brilham...
que se machucam no sal das lágrimas,
que esperam o clarear de mais um dia.
Olhos vulgares aqueles que se perdem no tempo
ao esperar por um sorriso, mesmo que inocente
para que voltem a sorrir
mesmo que no gracejar de um mero olhar.
Olhos vulgares os meus... que falam mesmo no silêncio de quem os sente.

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