sábado, 29 de março de 2008

Sentimentos... para a eternidade


Mais um dia, mais um desabafo... Hoje olhei-me ao espelho e pensei "sou feliz, então porquê que choro?", esta pergunta fez-me pensar horas a fio, reflectir, rir e até chorar... Pode parecer ridículo, eu sei, mas é verdade.
Aos 19 anos posso-me considerar uma sortuda, tenho os melhores amigos do mundo, uma família impecável e a plena consciência daquilo que quero, daquilo que sou e daquilo a que quero chegar... mas tenho medos: medo de falhar, de desapontar, de ser injusta e de não me entregar o suficiente a todos aqueles de quem gosto.
Cresci ao ritmo da vida, como esta quis e me fez crescer... perdi tanta coisa, mas tenho a sensação que ganhei ainda mais... perdi pessoas, umas para o mundo outras para Deus, perdi coisas, perdi momentos, perdi lágrimas e sorrisos, mas ganhei o melhor que pode existir neste mundo... os sentimentos. Hoje, sei o que sinto, sem ter que perguntar o que é... aprendi com a vida, sim com aquela vida que me fez crescer, que existem coisas que não se explicam, mas que se sentem... Tenho dias de desespero, de angústia, de tristeza, de revolta, de alegria, de certezas, de vontade de mudar o mundo, de sorrir tudo hoje com medo de não haver um amanhã...
Serão precisas coisas, daquelas que se tocam para sermos felizes? Quanto mais não vale um sorriso rasgado? Pois é... com o tempo fui-me apercebendo que tudo aquilo que se pode tocar vamos perdendo, com o tempo ou com a distância, mas os sentimentos não... esses permanecem eternos, e ainda bem que a eternidade é muito tempo, para que os possamos sentir sempre, onde e quando quisermos...

quarta-feira, 5 de março de 2008

Lágrima


Para que serves tu
que me cais pelo rosto,
que me tocas de forma doce,
que me conheces como ninguém?
Cais sem pedir licença,
como se fosses uma criança que tropeça num degrau
Tocas-me a alma sem eu dar conta
És fruto de sentimentos, emoções,
dores e paixões...
És suave, meiga e doce...
És fiel, conselheira,
por vezes traiçoeira...
Mas sei que contigo posso contar sempre e para sempre
És aquela lágrima que cai pelo que eu sinto e porque sinto.